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Dom

  • Patrícia Barbedo
  • 20 de fev. de 2016
  • 1 min de leitura

Domingo não é dia, é sentimento Uma fanfarra passa apressada e feliz Domingo não é dia, é sentimento Procurei na oleosidade do seu nariz Algum ponto negro que mostrasse sua humanidade

Ouço uma nota alongada do seu piano Lembro em que ano estamos Faz cinco dias que comprei um paletó roxo E nem assim pretendo chamar sua atenção Me atenho ao sofá vazio

Languidamente penso na arrogância Do uso de certas palavras Me estico na cadeira em que escrevo Lembrando do ponto negro no seu nariz Penso que é hora de espreme-lo E partir o sofá ao meio Deixando-o metade cheio Metade domingo.

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