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A busca

  • Natália Carvalhosa
  • 14 de abr. de 2016
  • 1 min de leitura

Vontade,

Fome, sede,

Tento e tempo...

Cheira a visão que tateia

A busca de mundos;

Sinalizadas,

as cores escorregam a retina

e as pálpebras abertas...

cada elemento, fonte de passagem

o objeto não vejo,

mas tudo o que ele remete;

Vê se entende,

Tudo se pode naquele que parado fica no ônibus que mexe.

Grafite desenha côco,

Enquanto garoa baião na chuva

E pelo chão trepida o maracatu

Pra onde vou e o que fazes tu?

Tudo no devaneio

Clareado de dúvidas

Que se passeiam de poesia

Nudo um substantivo de artigo e o tom muda.

Ora desço, ora subo,

Ainda não sei o que faço com o mundo,

A moça fica muda,

A faixa enxuga o acorde,

Mas nada suspende.

Hora de saltar...

E a sinestesia continua,

Mas antes,

Inesperado toque polifônico,

Do rumo dito sóbrio,

Salta a loucura

Que escapa à inerte espera,

Movimenta,

Empurra, puxa

E espera,

irrequieta no que invento:

é... ainda sinto.

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