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apresentações

  • Fernanda Pougy
  • 26 de abr. de 2016
  • 2 min de leitura

Sentir argh acordando e suar para curar. Me espantam os caminhos atravessados já que não acredito e não gosto de colocar na conta do misticismo, magia, destino, sincronicidade, astros. Acho covarde, o inexplicável que permanece inexplicado é tão mais bonito sem essas proteções contra a responsabilidade e o susto. Um dia de surpresas todos os dias. Que novidade é abrir os olhos e lembrar que está vivo nessa coisa que se chama mundo e que esta é sua casa e essa pessoa te ama ou esse travesseiro se encaixa tão bem nesse abraço, só mais cinco minutinhos, nunca achei posição mais confortável. Ando por ali e você? Por onde você é? Venho esquecendo coisas como onde o túnel me leva quando estou no meio dele e os poucos segundos que demoro para lembrar me dão medo e tesão. Tilt de consciência, demência urbana. “Ainda é copacabana? Brasil? Planeta Terra?” Ou também n'aquela travessia nova da ponte com a vista que dá para tanto sonho, ainda lembro eu você em qualquer lugar dizendo eu vou para lá, vem comigo se quiser. Caminhos de nada a lugar algum, do tanto ao algo a mais, nada menos - dissemos. Tem que ter mistério e não haver segredos. Melhor estarmos juntos o tempo todo e vá embora daqui agora, me deixe em paz. Onde é que dá para procurar? E para te mostrar quem eu sou sem ter que ser outra nem cantar desafinado uma música que não é minha? É definitivo que eu seja quem resolve tudo de casa e crê em camadas, uma depois da outra e mais uma e mais outra. Sempre sinto preguiça de puxar o lençol e acordo com a garganta ardendo. Leio dez livros ao mesmo tempo, não tenho pressa de terminar nenhum. Eu atravesso a linha, uma rua, minha praça e, entre tantas, só tenho uma palavra para me dizer. Olá, meu nome é

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