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  • Patrícia Barbedo
  • 30 de jul. de 2016
  • 1 min de leitura

Então que amar parece ser conseguir captar cada resíduo do passado que a audição finge filtrar com o bom senso cuidadoso pra não importunar certos demônios. Pois que a curiosidade é tamanha que poderia ir à um arquivo - bem fora de qualquer coisa sobre as linhas em que só compartilha belezas - descobrir o que te motivou sair de casa em 2004, ou há 7 meses. Vontade de devorar esse motivo, interrogá-lo numa conversa de horas como que a encarar o que tu nunca vais dizer. A luz desse dia, estava como? Não, não me interessa a luz. Só o reflexo explodindo num branco que permanece a não imcomondar demônios, ou um azul claro, dizem. Mas estava chovendo. E é agora que eu quero captar o que teus olhos derivavam na chuva, na janela, casa abandonada e verde, aquele vazio imenso no peito. E aí que eu quero entrar, o que te esvaziou. Te encheu, pois. Amar cada minuto teu que não me coube.

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