contém/contido
- Fernanda Pougy
- 30 de jul. de 2016
- 2 min de leitura
E se me pego assim querendo fazendo coisas que nunca quis. Até fiz. Rimando-repetindo? E se te pego querendo vir comigo assim num inferninho pouco receptivo e com bebidas de qualidade duvidosa numa paris de poucos interesses seus num taxi para ainda outro lugar em uma noite que devia ter acabado há algumas horas e muitas cervejas atrás. Será que tiro férias? E você também e então a gente fica à toa juntos e quem sabe a gente se vê, quem sabe vamos ali, ah sim!, vamos. Se eu te pego num corredor de um jeito inesperado eu grito, uau! Você vem sempre aqui? Eu talvez possa ir sempre aí e a gente assim até que se encontra um bocado, com certo tempo para respirar. É bom. Não é? Se te chamo para a Itália, o que tem para comer quando chegarmos em casa? Estou com muita fome e é urgente comer agora mesmo. Hoje foi dia de faxina sabe graças a deus. Se isso aqui fosse a Itália, nem pensava no problema que é carboidrato de noite depois de tanto chope que afinal sabemos desde cedo nessa vida que é pão líquido. Nossa, tarde assim e tantos compromissos pela manhã. Falei que não ia a lugar nenhum e então vou só dar uma passada e quem sabe beber um chopinho e a fulana foi embora tão cedo volta aqui fulana como você vai embora cedo desse jeito estamos comemorando tantas coisas. Cadê aquela outra que nem veio e disse que viria? Ah! Liga para ela! Que bobagem perder as coisas por motivos tão preciosos. Que bobagem motivos. Se eu te falo de amor contando da tampa de lixo consertada ou de encontrar até o apontador de lápis limpinho da silva, estou sendo sincera. Assim se escreve de novo e tem-se a possibilidade de jogar fora o que não serve mais, com a reserva necessária. Se saudade é amor te sigo esperando. Se saudade é a morte
Sigo esperando.
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