sem título
- Patrícia Barbedo
- 30 de jul. de 2016
- 1 min de leitura
Esta confirmado: basicamente só sei escrever na dor que vem e lateja. Qual é a relação que há entre o escrever e o não poder?
A dor, meu amor, conheço ela bem de pertinho. Não subestima essa alegria, criança. Sem ela, qual que é a razão? Não sou sado nem maso, só não me tira o controle que piro. Mas é sutil, compreende.
Senti prazer em uma segunda tomar um espresso, lendo minha revista, numa confortável livraria. Há dois dias atrás fodi meu joelho numa trilha de 16km. 8 de ida 8 de volta. Também senti um prazer tão imenso que quando deitei, dormi 13h seguidas sem acordar.
Medidas de tempo, me diz, que história é essa? Não me dizem nada, compreende. É tudo uma eterna busca de prazer. Nesse momento ouço o que deve ser uma das guitarras mais bonitas que jamais se ouviu. Uns caras do deserto da Argélia. Tinariwen o nome. Lá no deserto também na sua busca pelo prazer, nuns acordes de guitarra que meus ouvidos e mente sequer conseguem acompanhar senão por um estado alfático. Inventar palavras ou a pretensão de também me causam prazer.
Pois que tudo então parece um prazer. Repetir palavras que deixariam qualquer revisor enlouquecido, mas até quando essa palavra é prazer? Please to meet you, adorável revisor.
Você precisa largar esse texto, acampar num frio de 12 graus, te colocar num limite, foder teu joelho, prazer.
Foder. Prazer. Com gosto. Limite. Vai.
Que o extremo é raso.
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